Este trabalho tem por objetivo investigar como o livro A vida do bebê, escrito pelo pediatra brasileiro Rinaldo De Lamare, promove/promoveu biopolíticas dirigidas às mães para a constituição de infâncias saudáveis e normais. Ressalto o quanto o manual analisado desempenhou/desempenha uma função pedagógica, ensinando mães e pais a como agir com suas/seus filhas/filhos, produzindo, assim, subjetividades, identidades e saberes. Para a realização da análise, foram utilizados, como referencial teórico, os Estudos Culturais, a partir de um olhar pós-estruturalista, e os estudos de Michel Foucault. Como material de análise foram utilizadas duas edições do manual, a saber, a 17ª edição (de 1963) e a 41ª edição (de 2002). A partir da análise verificou-se a força do discurso da psicologia como forma de subjetivar as mães e a visão evolutiva do desenvolvimento da criança normal na publicação ora objeto de estudo.
This paper aims at investigating how Brazilian paediatrician Rinaldo De Lamare's book A vida do bebê has lead to mother-directed biopolitics to make healthy childhoods. I highlight how the analysed book has played a teaching role, teaching parents how to act upon their children to make subjectivities, identities and knowledge. For this analysis I have used the Cultural Studies in a poststructuralist perspective and Foucault's studies as a theoretical referential. I have used two the 17th (1963) and 41st (2002) editions of the book as the analysing material. Upon the analysis I have found the psychology discourse as a way to subjectify mothers and how the healthy child has been grown in the edition studied.
Este trabajo tiene por objetivo investigar como el libro A vida do bebê, escrito por el pediatra brasileño Rinaldo De Lamare, fomenta/fomentó biopolíticas dirigidas a las madres hacia la constitución de infancias sanas y normales. Se enfatiza el valor que el manual analisado ejerce/ejerció como función pedagógica, enseñando madres y padres a como actuar hacia sus hijas/hijos, produciendo de ese modo subjetividades, identidades y saberes. A la realización del análisis, fueron utilizados como referencial teórico los Estudios Culturales a partir de una mirada postestructuralista y los escritos de Michel Foucault. Como material de análisis fueron utilizadas dos ediciones del manual. La primera, la 17ª edición (de 1963); y la segunda, la 41ª edición (de 2002). A partir del análisis se verificó la fuerza del discurso de la psicología como forma de subjetivar las madres y la visión evolutiva del desarrollo del niño normal en la publicación que ahora se hace objeto de este estudio.